sábado, 20 de agosto de 2011




Lava e Mar


Quem sou eu?
Impossível predizer.
O magma interno
Aprisionado, escravo
Da crosta de terra
Continua em ebulição.
Nos repentes, explode
Em lava e cinzas
Que ferem os circunstantes.
Depois viram adubo,
Fortalecem o solo,
E a flora desabrocha
Na manhã lambida pelo sol.

As sombras se evaporam
Ao canto da brisa do mar,
A gaivota traz a energia do ar,
O albatroz encanta golfinhos.
A vida se recria serena
No espumar das ondas,
Na carícia morena
De um corpo em mutação,
Oceano de energias,
Sentimentos, prazeres, dores,
Alma de flores e de espinhos.

O vulcão dorme
Inexplorado
Em suas profundezas instáveis.
Imprevisível
Fantástico
Como o seu mundo.
Antonio Carlos Rocha

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